sábado, 17 de dezembro de 2011

terça-feira, 8 de novembro de 2011

O Expansionismo Europeu

A Europa no Século XV

 O Conhecimento do Mundo
  • Conhecimento muito reduzido
  • Desconhecimento do continente americano
  • Pouca informação sobre a África e a Ásia
  • Mitos e lendas sobre o desconhecido
  • Os mapas medievais tinham falta de rigor
  • Pensava-se que os oceanos Atlântico e Indico estavam unidos e incomunicáveis.

Objectivos da expansão
  • Procura de ouro face ao crescimento das trocas comerciais;
  • A busca de acesso directo às especiarias.

Motivações portuguesas
  • A burguesia queria ter acesso ao ouro africano, às especiarias, açúcar e plantas tintureiras, escravos e regiões produtoras de escravos;
  • A nobreza pretendia aumentar os seus domínios senhoriais e obter novos cargos e títulos;
  • O clero, espalhar a fé cristã.

A prioridade portuguesa

  • Tradição marítima e bons portos de mar;
  • Paz política e estabilidade governativa;
  • Acesso a conhecimentos técnicos no domínio da navegação (herança judaica e muçulmana);
  • Divulgação e conhecimento de instrumentos de navegação como o astrolábio, a bússola e o quadrante;
  • Bons conhecimentos de astronomia e cálculo matemático;
  • Aperfeiçoamento da construção naval: caravela com a utilização do leme central e da vela triangular.

A Conquista de Ceuta: Motivações

  • Boa localização estratégica (Norte de África, junto ao Estreito de Gibraltar);
  • Ponto de chegada das rotas caravaneiras, vindas do interior de África;
  • Zona rica em cereais.
Resultados:
  • Facilidade na conquista;
  • Os muçulmanos desviaram as rotas para outras cidades;
  • Os campos de trigo foram devastados e abandonados:
  • Ceuta, tornou-se uma ilha cristã no meio de um mar de muçulmanos.

Expansão e Mudança nos Séculos XV e XVI

As primeiras viagens de descobrimento

  • Foram da iniciativa de D. Henrique, D. Pedro e do próprio rei (D. Duarte) e de alguns particulares;
  • As primeiras viagens foram de exploração marítima, junto à costa;
  • Em 1434, Gil Eanes, passou pela primeira vez o Cabo Bojador dando início às viagens de descobrimento.
Os arquipélagos da Madeira e dos Açores

  • Descoberta da Madeira (1419)
  • Descoberta do Açores (1427)
  • Por serem desabitados, foi necessário proceder à sua colonização;
  • As ilhas foram entregues a nobres a quem eram doadas grandes extensões de território, os capitães-donatários.
  • Os primeiros foram João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira na Madeira e Gonçalo Velho, de Santa Maria e S. Miguel nos Açores.

  • Muitos portugueses e  alguns estrangeiros se fixaram-se nesses territórios.
Principais produções dos arquipélagos

  • Na Madeira, a vinha e a cana-de-açúcar;
  • Nos Açores, os cereais, plantas tintureiras e a criação de gado


A política africana de D. Afonso V

  • 1460 – Abrandamento da expansão marítima com a morte do infante D. Henrique, e ao desinteresse do rei Afonso V pelas viagens de descoberta.

D. Afonso V
  • Promove expedições militares ao Norte de África
  • Conquista das cidades de Alcácer Ceguer, Arzila e Tanger;
  • Arrendamento da expansão marítima a Fernão Gomes, um rico burguês de Lisboa;
  • O contrato obrigava à exploração anual de 100 léguas para sul e ao pagamento de uma avultada quantia.
  • Foi explorado o Golfo da Guiné, e descobertas várias ilhas, entre elas S. Tomé e Príncipe.
D. João II

  • Traçou como objectivo principal chegar à Índia
  • Dispunha de condições económicas e científicas favoráveis;
  • Organizou três expedições decisivas:
  1. Viagens de Diogo Cão que explorou o litoral de Angola;
  2. As expedições por terra de Pêro da Covilhã e Afonso de Paiva;
  3. A viagem de Bartolomeu Dias em 1488 em que dobrou o Cabo das Tormentas (Boa Esperança) e permitiu a ligação dos oceanos Atlântico e Indico que ficava quase certa a esperança de chegar à Índia.

A Rivalidade Luso Castelhana e o Tratado de Tordesilhas

  • A rivalidade entre Castela e Portugal quanto à posse de territórios descobertos começa já no século XIV;
  • O Tratado de Alcáçovas (1479), estabeleceu um primeiro entendimento entre os dois estados. Castela reconhece o direito de Portugal aos territórios a sul das Canárias.
  • Cristóvão Colombo descobre a América em 1492, pensando ter atingido a Índia;
  • Em 1494 é assinado o Tratado de Tordesilhas que divide o mundo em dois hemisférios.
  • Portugal ficava então, com as terras e os mares descobertos a 370 léguas a ocidente das ilhas de Cabo Verde.

A Preparação da Viagem para o Oriente


  • Após a assinatura do Tratado de Tordesilhas em 1494, D. João II iniciou a preparação de uma expedição que levasse os seus navios à Índia.
  • Nessa data os portugueses já possuíam informação suficiente para a navegação no oceano atlântico, na arte de navegar e na cartografia;
  • As informações preciosas das expedições de Bartolomeu Dias e Pêro da Covilhã foram fundamentais para a preparação da viagem de Vasco da Gama.
  • Em Julho 1497 sai uma armada de Lisboa, comandada por Vasco da Gama em direcção à Índia;
  • Em Maio de 1498, Vasco da Gama chega a Calecut, ligando pela 1ª vez a Europa à Ásia pela Rota do Cabo.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

REVOLUÇAO DE 1383-1385


"Da fome, da peste e da guerra, livrai-nos Senhor!"
Esta era a prece mais ouvida durante o século XIV, devido à crise económica que se abateu sobre a Europa e que provocou grandes fomes e doenças epidémicas, das quais se destaca a peste negra que vitimou um terço da população.
A estas calamidades juntou-se uma outra não menos violenta e dramática: a Guerra dos Cem Anos que acabou por ter repercussões em quase todos os países, inclusivé nos da Península Ibérica, com as guerras fernandinas.
Perante a miséria, o desespero e o medo da morte, as populações agitam-se e revoltam-se contra os ricos e poderosos que sempre as exploraram.
Em Portugal vivia-se idêntica crise económica e social, agravada com a crise política que se seguiu à morte de D. Fernando, em Outubro de 1383.
A herdeira legítima do trono português era a filha de D. Fernando e de D. Leonor Teles, casada uns meses antes com o rei de Castela. Segundo o estabelecido no contrato de casamento, enquanto D. Beatriz não tivesse um filho maior, Portugal seria governado por D. Leonor, a rainha viúva.
Mas o povo não gostava de D. Leonor! Já em 1372, os mesteirais de Lisboa, seguidos depois pelos de Santarém, Alenquer, Tomar e Abrantes, se tinham manifestado violentamente contra o casamento de D. Fernando com D. Leonor, ousadia que foi duramente castigada.
Em 1383, o povo, a burguesia e alguns membros da baixa nobreza não se conformavam com o governo de D. Leonor, favorável aos interesses de Castela e da grande nobreza senhorial, tecendo então uma conspiração para matar o Conde João Fernandes Andeiro, amante e principal conselheiro político da rainha viúva. Esta conspiração foi chefiada por Álvaro Pais, rico burgês de Lisboa e Chanceler de D. Pedro e D. Fernando.

Para executar o plano da morte do Conde Andeiro foi escolhido D. João, Mestre da Ordem Militar de Avis, filho ilegítimo de D. Pedro e meio-irmão de D. Fernando.
O povo de Lisboa apoiou a morte do Conde Andeiro e passou a ter o papel mais importante na condução dos acontecimentos que se seguiram. Perante o alarme para acudirem ao Paço a fim de evitar a morte do Mestre por traição do Conde e da Rainha, os populares de Lisboa aclamam-no e proclamam-no "Regedor e Defensor do Reino" , obrigando alguns burgueses receosos a aceitar esta decisão.
Seguiram-se revoltas populares que alastraram por todo o país, dirigidas sobre - tudo contra os poderosos nobres e clérigos que recusavam aderir à causa do Mestre. O Bispo de Lisboa foi uma das muitas vítimas que morreu às mãos da vingança popular.
O país ficou dividido quanto à sucessão ao trono. A maior parte da nobreza apoiava D. Beatriz e o povo, a burguesia e a baixa nobreza apoiavam o Mestre de Avis.
O descontentamento popular e os impulsos revolucionários são depois canalizados para a defesa da independência de Portugal, quando o rei de Castela invade o país e cerca Lisboa, em 1384, para defender o direito ao trono da sua mulher, D. Beatriz.
Após longos meses de cerco a Lisboa, os exércitos castelhanos retiram-se com medo da peste que entretanto se tinha declarado e em Março de 1385 as Cortes reuniram em Coimbra a fim de escolher um rei entre os vários candidatos ao trono. Graças aos argumentos do Doutor João das Regras, foi aclamado rei o Mestre de Avis, com o nome de D. João I.
Mas o rei de Castela não se conformou com a decisão das Cortes portuguesas e voltou a invadir Portugal com um exército poderoso, no qual se incluíam alguns nobres portugueses que apoiavam D. Beatriz.
Em 14 de Agosto de 1385, os exércitos castelhano e português defrontaram-se em Aljubarrota, acabando a batalha com a vitória dos portugueses e a confirmação da independência de Portugal. Na preparação desta batalha destacou-se a estratégia e técnica militar do quadrado, levada a cabo por D. Nuno Álvares Pereira.

A Sociedade Medieval

 

“Sociedade feudal” é o termo usado para descrever a sociedade medieval. Tratava-se de um sistema ou organização baseado na atribuição de um pedaço de terra em troca de serviços. Na sociedade feudal, um dos conceitos base era o de lealdade.
O rei fazia doações de terra aos nobres do reino. Estes prometiam, em troca, defender o rei com soldados. Por sua vez, os nobres dividiam a sua terra com os cavaleiros. Na base desta organização social encontravam-se os camponeses, que trabalhavam a terra mediante promessa de protecção.

O padre, o cavaleiro e o camponês são três figuras que exprimem o essencial da Idade Média em termos de organização social. Estas ordens equivaliam a três actividades distintas: os que rezam, os que combatem e os que trabalham.

Os eclesiásticos consagravam a sua vida às tarefas espirituais e intelectuais. Podiam ser seculares, ou seja, viver na vida comum, como párocos ou ser regulares. Estes últimos eram monges e obedeciam a regras. Alguns viviam em minúsculos mosteiros, outros conheciam o luxo das catedrais e dos grandes centros de peregrinação. Todos se consagravam a missões sociais e eram sacerdotes, médicos, professores e conselheiros. Nenhum monge tinha bens próprios. As terras e casas o­nde viviam e a roupa e objectos que utilizavam só à Igreja pertenciam.

Os que combatiam eram os homens de guerra e tinham por missão garantir a paz. Os cavaleiros eram uma elite guerreira e tinham um importante estatuto na sociedade. A cavalaria representava o difícil equilíbrio entre a elegância e a brutalidade. Era o ideal de um mundo que vivia constantemente em guerra.

A maior parte das pessoas eram camponeses pobres. Cultivavam a terra e trabalhavam para um pequeno número de grandes proprietários de terras, que eram também chefes militares, geralmente cavaleiros. Em contrapartida, estes davam-lhes protecção contra os ataques inimigos.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Os Romanos na Península Ibérica

  O grande Império dos Romanos incluía também a península Ibérica. A sua conquista não foi fácil, tendo demorado quase dois séculos. Entre as tribos que mais resistiram ao domínio Romano conta-se a dos Lusitanos, povo de pastores que habitava a Norte do Tejo. Comandados por Viriato, os Lusitanos distinguiram-se pela sua bravura e determinação.


 Depois de pacificada a Península, os romanos puderam desenvolver livremente a sua acção civilizadora (romanização). As populações fixaram-se nas planícies, onde passaram a dedicar-se à agricultura e ao comércio. Depressa surgiram cidades que, ligadas por uma notável rede de estradas, deram à Península Ibérica, sobretudo a Sul, onde a romanização foi mais intensa, o carácter urbano e comercial que marca a civilização romana.
Em território peninsular podemos ainda ver vestígios do domínio romano, que durou cerca de seis séculos: ruínas de cidades, estradas, pontes, aquedutos, templos e muitos outros. Mas o mais importante de todos é a nossa língua, o português, que tem origem no latim, a língua dos Romanos.

A Civilização Romana

Para visualizar informação sobre a Civilização Romana, experimenta clicar no seguinte endereço:
http://www.slideshare.net/cattonia/a-civilizao-romana

sábado, 29 de janeiro de 2011

A Civilização Grega

A Civilização Grega

A civilização grega exerce um fascínio especial nos historiadores, por ser tal e qual a egípcia, extremamente rica nas mais diversas áreas, como a matemática, filosofia, jogos olímpicos, dramaturgia, arquitectura, etc. A civilização grega surgiu por volta de 2500 AC. Era formada por tribos nómadas indo europeias. As margens dos mares Egeu e Mediterrâneo, formou-se as polis, cidades estado Esparta e Atenas. 
A economia da civilização grega era baseada no cultivo de oliveiras, trigo e uvas. Nas artes temos como destaque a cerâmica, arquitectura, dramaturgia, poesia e esculturas em mármores. Cada cidade-estado tinha sua própria forma político-administrativa, organização social e deuses protectores.
Foi na Grécia Antiga,  na cidade de Olímpia, que surgiram os Jogos Olímpicos. Quase todas as cidades gregas possuíam anfiteatros, onde os actores apresentavam peças dramáticas ou comédias. Na arquitectura, os gregos construíram  templos e acrópoles de mármore no topo de montanhas. Em Atenas, as mulheres eram educadas para as tarefas de mãe e esposa, a educação tinha grande importância para o povo grego e até mesmo nas classes mais pobres da sociedade ateniense encontrava-se homens alfabetizados. Eles eram instruídos para cuidarem não só da mente como também do corpo, o que lhes dava vantagem na hora da guerra, pois eram tão bons guerreiros quanto eram estrategas.
O principal objectivo da educação grega era preparar o rapaz para ser um bom cidadão. A educação era baseada em modos militares e dava-se ênfase à educação física. Um jovem ateniense entrava na escola aos 6 anos e ficava aos cuidados de  um pedagogo. Estudava  literatura, música escrita, matemática e educação física; além disso decorava muitos poemas. Quando os jovens atingiam 18 anos eram recrutados para o serviço militar, onde permaneciam por dois anos. A civilização grega antiga teve influência na linguagem, na política, no sistema educacional, na filosofia (Platão e Sócrates são os filósofos mais conhecidos deste período), na ciência, na tecnologia, na arte e na arquitectura moderna.
As classes sociais da sociedade grega variavam de uma cidade Estado para outra. Atenas contava com três classes:
Sociedade de Atenas:
Eupátridas – (cidadãos) – Aqueles cujos antepassados foram os fundadores de Atenas.
Metecos (estrangeiros) – Sem privilégios políticos. Podiam, entretanto, exercer actividades sociais e intelectuais, serem comerciantes e artesãos.
Escravos – Composta por quase 50% da população.

Sociedade de Esparta:
Espartanos – Classe social dominante, eram donos das melhores terras e se dedicavam exclusivamente à vida militar.
Periecos – Eram livres, possuíam terras, mas não tinham direitos políticos. Não podiam casar com espartanos e trabalhavam na agricultura, no comércio e no artesanato, além de pagar impostos aos espartanos.
Hilotas – compunham a grande massa da população. Eram servos do Estado e estavam ligados à terra que cultivavam.